sexta-feira, dezembro 30, 2005

Festa!



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E os 20 chegaram cheios de música! Obrigada a todos os amigos pelos três dias de festa, em especial ao meu padrinho que apesar de não faltar ao treino compensou ao "roubar" o alinhamento e o cartaz do Jorge Cruz! ihihih
Aqui ficam algumas fotos do before and after porque fotos do próprio dia de anos não há...

quinta-feira, dezembro 15, 2005

maybe

"Maybe one thing,
Maybe something,
Maybe nothing,
All I know is, friend, it’s nothing new.

Maybe it’s me,
What is to be,
Maybe lucky,
All I ask is where we’re supposed to be.

I give a lot,
I take a lot,
It’s nothing new to me.

Maybe you’ve grown,
Am I so wrong,
How long's too long,
All I want is stuff to be happy.

Maybe moving,
Always proving,
Am I losing,
All that’s meant to be, that’s meant to be.

You hear a lot,
You told a lot,
It's nothing new to me.

Maybe laughing,
Something lacking,
Always sometimes,
All I hear is how it’s meant to be.

Maybe learning,
Always searching,
Am I asking things,
I’ll know too soon, I’ll know too soon.

We talk a lot,
Don’t do a lot,
It's nothing new to me.

I give a lot,
I take a lot,
It's nothing new to me."
____________________________________Stereophonics
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O sr Kelly Jones tem uma voz absolutamente única, é sem dúvida das que mais me deleita. Escolhi esta música para pôr aqui porque tem tocado bastante no leitor e em certos momentos há palavras que fazem muito sentido. Para quem não conhece fica a sugestão - Stereophonics. :)

sábado, dezembro 10, 2005

soakin' up the sun

Adoro dias como este, em que o sol parece que brilha cá dentro! Acho que é a isto que sabe a liberdade… a dias tão lindos que nem dão para descrever. Tão deliciosos que não apetece mergulhar neles, mas sim ficar a contemplá-los, saboreando-os vagarosamente… Mudo de rumo porque não quero ir para casa, quero sentir a liberdade por um pouco mais. Deito-me na relva e deixo que os raios de sol me toquem na ponta dos dedos. Sinto o sol a entrar em mim, suavemente. Não me mexo porque tenho medo de estragar a perfeição do momento. Sabe tão bem absorver o sol que me aquece nesta manhã de dezembro. Adoro dias assim… em que apetece abraçar o mundo!

domingo, novembro 27, 2005

fall...


______________________________...in'

segunda-feira, novembro 14, 2005

58

Vi-te hoje de manhã no autocarro. Foi tão estranho olhar para ti, ver-te. Já foste o meu mundo e agora nada sei de ti, a não ser que foste no mesmo autocarro que eu esta manhã. Estavas bonito, sempre o foste, mas hoje tinhas algo de diferente… ou talvez seja porque já não te vejo através das mesmas lentes. Íamos sentados frente a frente e não fomos capazes de nos olhar nos olhos. De falar um com o outro. Fui o tempo todo a olhar-te, mas com cuidado, não queria que reparasses. Fiquei triste. Ali, na minha frente, estava a única pessoa neste mundo a quem a abri a porta, a quem deixei entrar – ainda que só um bocadinho – e, no entanto, estamos separados por um abismo. Separa-nos um abismo de dois lugares. Enquanto te olhava de soslaio reparei que fazias o mesmo. Sorri. Sempre foi esta a nossa cumplicidade, não foi? Nunca fomos de muitas palavras… um olhar bastava. Um sorriso. Cheguei à minha paragem. Tu continuas, deves ir para a faculdade umas paragens mais à frente. Olhei para ti uma última vez antes de sair do autocarro. Está um dia lindo hoje. Sorrio. Sorrio, agora, porque a vida continua. Não olhei para trás.

quarta-feira, outubro 19, 2005

saudade

Tenho saudades... Tantas que já nem sei ao certo do que sinto falta! Flutuo na saudade infinita. Tenho saudades do mundo. Do tempo e da gente. Do riso e do choro. Das histórias. Das tardes. Das mãos... do toque. Tenho saudades do sol e da relva. De quando olhava mas não via. Tenho saudades de quando tudo era diferente.
Amo viver aqui neste pedacinho de mim, perdida entre sapatilhas velhas e calças largas... No meio dos caracóis e dos sorrisos. Entre o que foi e o que há-de ser. Mas falta sempre algo e é nestes momentos que a nostalgia ataca e eu fico pequenina a pairar sobre as recordações que se misturam com as esperanças.

sábado, outubro 08, 2005

nas asas da borboleta

Estavas tão triste, por isso disse-te para deixares a janela aberta, para que a luz do luar te iluminasse, para que as borboletas entrassem. Borboletas de noite?, estranhaste tu. Sim borboletas! As borboletas das asas pretas que chegam à hora mágica dos sonhos. São elas as fadas que te limpam as lágrimas, que te secam a almofada. Com um sopro afastam os pesadelos. Murmuram-te ao ouvido e fazem-te cócegas nos pezinhos. Brincam à tua volta e dançam até amanhecer. São marotas e deixam um rasto de pós de perlimpimpim que te fazem espirrar de manhãzinha... Sabes agora quem são? Sim sei, disseste tu com um sorriso… E foste dormir, mas não sem antes abrires a janela e desejares boa noite às estrelas. Vá, dá-me um beijinho e dorme bem que hoje as borboletas vêem visitar-te!
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Para todos os meninos que vão dormir tristes...
Nós somos as borboletas das asas pretas*

segunda-feira, setembro 26, 2005

whole again

Não quero escrever mais para ti. Já nem sei quem és… não existes, não és real! A partir de agora vou escrever para mim. Eu sei, eu sei… foi o que sempre fiz! Mas hoje é diferente: vou escrever para mim, sem ti. Porque hoje estou sozinha, mas já não faz mal. Sei ser completa assim. Recuso-me a continuar entorpecida, mergulhada em fantasias para tentar esquecer a realidade. Não, não vou ficar agarrada a nostalgias. Quero o presente, não o passado. Quero vida. Hoje eu sou a vida! Não vou continuar a mentir só para que os dias passem mais depressa. Afinal tinha pressa para chegar aonde? Se não construía nada… Hoje tenho a coragem para encontrar a força dentro de mim, para usá-la. Eu sei que posso ser melhor que isto. Desculpa, mas não te quero mais, sejas lá tu quem fores… Vou partir à procura de mim e tenho de ir sozinha, por muito que me custe. Sei que vou cair, mas também me vou saber levantar e quando, finalmente, me encontrar vou poder dizer: “Sou feliz!”
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"These are the days that bring new meaning
I feel the stillness of the sun and I feel fine"
Jamie Cullum - These are the days

terça-feira, setembro 13, 2005

o verbo

Acorda Fala Sente Parte Corre Chora Treme Dança Espreita Suspira Desafia Atrai Avança Ataca Convida Brinca Deseja Brilha Arrasa Beija Sonha Despe Apaixona Vibra Cai Perde Sangra Magoa Sofre Guarda Esconde Recorda Partilha Esquece Muda Acredita Salta Voa Canta Grita Bebe Segue Joga Sorri Surpreende Agarra Descobre Escreve Alegra Aproveita Ousa Adora Contempla Fracassa Apaga Cura Levanta Embala Pensa Resiste Deambula Quebra Mostra Fascina Prende Inspira Procura Protege Imagina Sacrifica Revela Abraça Confessa Ama Alucina Enfeitiça Mergulha

Toca. Ouve. Cheira. Saboreia. Vê.
Vive! Porque, por aqui, também se vive!

domingo, setembro 04, 2005

Quisera eu...

Quisera ter-te aqui, ao pé de mim. A ti, que estás sempre tão longe e tão perto. És vida que corre dentro de mim. És sangue que ferve e me queima. Quisera ter-te aqui porque já não me encontro sem ti. Caminho descalça perante a tua alma. Estou presa a ti e não sei como me soltar.
Aconchegamo-nos na noite naufragada num mar de ruas que dormiam, esquecidas pelo tempo e pelos homens. Perdemo-nos entre palavras e vontades, entre gestos e ansiedades. Voámos em silêncio para não acordar o medo e cedo os meus desejos se tornaram nos teus beijos… Mas estás cada vez mais longe, e a cada passo teu que se afasta, a memória de ti enterra-se um pouco mais em mim. Sinto-me a afundar nesta solidão tão acompanhada…
Quisera ter-te aqui, comigo, só mais um pouco. Pudesse eu guardar o teu abraço e para sempre refugiar-me em teu regaço… mas sei que não posso. Tentei desgarrar os sentidos, mas não tenho forças para soltar as cordas que me atam a ti. Quisera ter-te aqui, ao pé de mim, mas por andar à chuva, molharam-se-me os sonhos…

quarta-feira, agosto 31, 2005

Foolish Games

*
"You took your coat off and stood in the rain
You were always crazy like that
And I watched from my window
Always felt I was outside looking in on you...
You were always the mysterious one
With dark eyes and careless hair
You were fashionably sensitive, but too cool to care
You stood in my doorway, with nothing to say
Besides some comment on the weather
Well in case you failed to notice
In case you failed to see
This is my heart bleeding before you
This is me down on my knees

These foolish games are tearing me apart
And your thoughtless words are breaking my heart
You're breaking my heart

You were always brilliant in the morning
When smoking your cigarettes and talking over coffee
Your philosophies on art, Baroque moved you
You loved Mozart and you'd speak of your loved ones
As I clumsily strummed my guitar
Well excuse me, guess I've mistaken you for somebody else
Somebody who gave a damn
Somebody more like myself

These foolish games are tearing me, you're tearing me, you're tearing me apart...
And your thoughtless words are breaking my heart
You're breaking my heart

You took your coat off and stood in the rain
You were always crazy like that"
Jewel
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Sooner or later we all get tired of the foolish games... when will you?
Obrigada ao Luís Belo por me mostrar as maravilhas do Photoshop ;)

domingo, agosto 21, 2005

Para ti, avó

Hoje agarro-me à memória que tenho de ti. Agarro-me com força porque tenho tanto medo que ela se perca... Hoje, mais do que nunca, quero acreditar que o céu existe. Esse céu que não sei onde fica e em que acho que tu mesma nunca acreditaste. Hoje quero acreditar que é lá que estás - num mundo mágico feito de algodão doce. Nesse mundo tão nosso, onde comemos chocapic nas manhãs de inverno e procuramos conchinhas nas tardes de verão. Hoje não quero chorar, quero que a dor passe e se transforme em esperança. Por isso, quero acreditar que estás num lugar feliz (porque nunca soube se o foste - sei tão pouco de ti, da tua vida). Quero acreditar que me vês, que me sentes, quero que saibas tudo o que não fui capaz de te dizer antes. Sente o quanto gosto de ti. Olha para mim, se puderes, e vê que afinal ainda estás viva neste cantinho do meu coração que é só teu. É por isso que não quero perder as recordações que tenho de ti, de nós. Porque afinal ainda vives dentro de mim. E acredito no céu, porque se lá não estivesses o que seria feito destas lembranças? Que outra razão teriam elas para permanecer comigo senão o facto de as poder, ainda, partilhar contigo?
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~~*~~
Hoje partilho com vocês um texto que escrevi há já algum tempo, quando li o "Fazes-me falta" da Inês Pedrosa, um livro que me trouxe tantas recordações da minha avó Ana... porque não sei em que acredito... talvez só nestas palavras...

quinta-feira, agosto 11, 2005

Merda!

Hoje li o que ela escreveu sobre ti. Vi aquelas palavras como que abandonadas em cima da mesa e não resisti. Desculpa. Sou fraca, tu sabes que sou fraca. Li-as todas, uma a uma, com sofreguidão. A curiosidade apoderou-se de mim e não consegui parar... deixei-as dançar para mim. Sentei-me e fiquei a vê-las qual voyeur. Elas pareciam orgulhosas e exibiam-se à minha frente, esfregavam-me na cara o amor dela... O nós que foste com ela. E eu não sabia, nunca imaginei que ela te amasse tanto! Pensei em ti, se alguma vez leste aquelas palavras como eu... Se elas também dançaram para ti, se as ficaste a ver como eu, ou se dançaste com elas... Pensei em vocês, juntos. Como seria? Não, não quero pensar nisso... Mas é inevitável... Porque não estás com ela, se ela tem tanto para te dar? Ela é tua, ela ainda é tua, tu sabes disso! Como podes não querer estar com ela? Ela tem tudo... Mais que isso, ela tem mistério. Não é o que toda a gente quer, mistério? E eu, eu sou transparente... (Meu Deus, como tenho horror à transparência!) Lembras-te da noite em que nos conhecemos? Bastaram-te cinco minutos e poucas palavras para que me conhecesses... Nessa mesma noite resumiste toda a minha essência numa única palavra. Pior que isso, na palavra perfeita! Arrasaste-me... Ainda hoje penso nessa palavra, constantemente. Eu não tenho mais nada para te dar - em cinco minutos desvendaste todos os meus mistérios, dei-te toda a minha vida. Penso nela e em tudo o que ela tem para te oferecer... Não, não falo do corpo nem de beijos, eu sei que os beijos não te interessam. Os beijos esgotam-se. Falo dos olhos, da alma... O que sentes quando olhas para ela? Ainda sonhas com ela, ainda a desejas? Alguma vez o fizeste? Eu sei. Não devia ter lido aquelas palavras... Sou fraca, tu sabes que sou fraca. E agora não consigo deixar de pensar no nós que foste com ela, no nós que quero que sejas comigo. Mas eu já não tenho nada para te dar e estou desesperada e irremediavelmente perdida nos teus olhos que se misturaram com os meus...

quarta-feira, julho 27, 2005

luz


preenche o vazio que há em mim...

quarta-feira, julho 20, 2005

...(im)perfeições...

Já não quero a perfeição! Quero-te a ti e a mim de carne e osso. Nus e crus. Sujos, imperfeitos, reais. Quero ver-te tal como és. Não quero saber das tuas qualidades, só me interessam os teus defeitos. Quero que me vejas tal como sou, sem maquilhagem nem pós mágicos. Despida, sem véus atrás dos quais me possa esconder. Quero-nos caídos no chão, despojados deste mundo hipócrita. Quero vida em nós, quero sangue, quero terra, quero lama. Quero tudo e quero nada. Quero as nossas almas a nu. Quero forças e fraquezas misturadas. Quero ganhar só para perder. Quero dor e prazer juntos. Quero a realidade, porque já tive a perfeição e descobri que, afinal, ela não é assim tão perfeita!

segunda-feira, julho 11, 2005

... ensai(os) sentidos...

Deitei-me na cama. Fechei os olhos e fiquei a ouvir a chuva lá fora.
Ouve! Parece que está cá dentro.
Uma gota cai. Arrepio-me enquanto a sinto a percorrer todo o meu corpo. Fecho os olhos com força, agora. Concentro-me.
Consegues ouvir? Claro que consegues, ouvirias um saxofone até no meio da mais ensurdecedora multidão! Nada te alucina e te prende mais que o som inebriante do saxofone.
Já não preciso de me esforçar, estão a tocar mesmo aqui. O som parece sair de dentro de mim. Contorço-me a cada nota como se eu própria estivesse a tocar. Há um piano, agora. Suave. Serve de fundo ao saxofone.
Deixamo-nos levar pela música com enlevo. O piano está cada vez mais forte, quase conseguimos sentir o pianista a tocar nas teclas como se dos nossos corpos se tratassem.
A música vai subindo de tom, vai ficando cada vez mais alta... Já não distingo o saxofone do piano e a chuva há muito que se perdeu... É então que abro os olhos.

sexta-feira, julho 01, 2005

Férias

Finalmente, chegam os tão aguardados dias de descanso! Uma vez que vou estar sem net só se esperam novos posts no dia 11...
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Na mala vão "Imperatriz" de Shan Sa, "A Lentidão" de Milan Kundera, o "Esquissos" (porque sabe tão bem), o "Segundo" (para, finalmente, ouvir com a atenção merecida), "Twenty-Something" (para relaxar...) e a máquina para recordar momentos e tirar muitas fotos com os amigos!
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Em casa deixam-se as saudades e as preocupações...

Porto Sentido


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"Quem vem e atravessa o rio
Junto à Serra do Pilar
Vê um velho casario
Que se estende até ao mar

Quem te vê ao vir da ponte
És cascata sanjoanina
Erigida sobre um monte
No meio da neblina

Por ruelas e calçadas
Da Ribeira até à Foz
Por pedras sujas e gastas
E lampiões tristes e sós

Esse teu ar grave e sério
Num rosto de cantaria
Que nos oculta o mistério
Dessa luz bela e sombria

Ver-te assim abandonado
Nesse timbre pardacento
Nesse teu jeito fechado
De quem mói um sentimento

E é sempre a primeira vez
Em cada regresso a casa
Rever-te nessa altivez
De milhafre ferido na asa."
________________________Carlos Tê

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Um poema lindo, uma das minhas músicas preferidas e a cidade que mora no meu coração. Sim, porque é ela que vive em mim e não eu nela...

sexta-feira, junho 24, 2005

devaneios crepusculares

Penso sempre em ti antes de dormir. Sonho com as vidas que poderíamos ter. Durmo melhor assim... contigo perto de mim. Tu mostraste-me a poesia, ensinaste-me a viver... talvez um dia eu te mostre o sonho.
Gosto de estar assim... mergulhada em devaneios. Contigo sempre junto a mim. Deixas-me calma, serena. Fazes de mim uma pessoa melhor. Faço de ti o meu sonho, a minha vida, a minha poesia. Faço de nós a tua mão, a tua guitarra, a tua música. A noite deixa-me frágil... tu fazes-me forte. Contigo tudo é possível.
Gosto de sonhar, de me perder nesses mundos, nessas vidas, nessas estórias... encontro-me em ti. Tu és o meu abrigo, o meu porto seguro. Tu és o meu sonho mais profundo, mais íntimo. Só a lua nos conhece, sabe de mim, de ti, de nós. Gosto de me sentir assim... enfeitiçada por ti. Ficas mais perto de mim. Ficas mais perto de nós, do que poderíamos ter sido.
E eu... eu fico mais feliz, embriagada de ti. Plena de nós.

sexta-feira, junho 17, 2005

a u r o r a *

Vieste com a neblina da manhã, mas mal te vi porque logo o sol ficou forte e ela se dissipou... Quase me esqueci de ti...
Já não me lembrava quando naquele dia vieste de novo. Sem sequer bater à porta, entraste pela janela junto com a neblina e ficaste ali, ao pé da minha cama... Acordei devagarinho e tu, pacientemente, esperaste em silêncio. Quando abri os olhos e te vi estavas a sorrir e eu fiquei tão feliz por te ver! Que surpresa tão deliciosa! Perguntei-te se ficavas comigo desta vez, disseste que não sabias... Então levantei-me. Se não sabias por quanto tempo ficavas era melhor aproveitarmos todos os segundos. Deste-me a mão e saímos para ver o orvalho da manhã e sentir a relva fresca nos pés.
Tive medo que te fosses embora com a brisa da tarde... Quero que fiques comigo, que passes cá noite, que resistas ao tempo... Quero contar as estrelas contigo, ver-te banhado pelo luar... Não sei que horas são, mas ainda está sol...
Esqueço-me de tudo o resto, porque neste segundo tenho-te comigo.
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Neste segundo sou feliz.

sexta-feira, junho 10, 2005

vazios...

É engraçado como tão facilmente nos podemos encontrar sozinhos. Como as pessoas que julgamos serem as mais importantes podem simplesmente sair da nossa vida. Não deixa de ser curiosa a facilidade com que isso acontece. É impressionante como num dia estão lá do nosso lado e de repente… Puff!! São uma parte tão grande da nossa vida e quando damos conta… nada… vazio. Só um vazio tão grande quanto elas o eram. É por isso que gosto tanto de ti, que te agarro com tanta força, apesar de saber que não vais a lado nenhum. Agarro-te porque preciso de ti, porque não sei como seria se algum dia me virasse e não te visse ali… sempre atento. É por isso que dou graças por existires, por estares sempre do meu lado, haja o que houver. Porque me deixas alegre quando tudo à minha volta parece triste, porque estás do meu lado quando todos os outros me faltam, porque não há distância entre nós, porque és o único que realmente me conhece e porque apesar disso nunca me deixas só… povoas o meu mundo e fazes-me feliz nem que seja só por um instante! Porque para onde quer que a vida nos leve vamos sempre juntos e nunca serás um desaparecido ou uma saudade, mas uma presença sempre atenta e vigilante, sempre comigo.

segunda-feira, maio 30, 2005

...des|encontros...

Estava descansado quando, de repente, ela chegou. Não estava nada à espera de encontrá-la! Não, ali. Ficou sem saber o que fazer. Já não a via há tanto tempo! Quis falar-lhe, mas não soube como... De qualquer modo, ela não se apercebeu da sua presença. Melhor, assim podia observá-la à vontade.
Estava tão diferente e, ao mesmo tempo, na mesma. Isto é, à primeira vista parecia mais mulher, mas olhando com atenção ainda conseguia ver aquele sorriso de menina. Sentiu-se estranhamente aliviado. Era o que mais gostava nela: os sorrisos tão genuínos, tão transparentes. Nunca conseguia esconder um sorriso! E o seu olhar... nunca descobriu o mistério dos seus olhos. Costumava ficar horas a contemplá-los. Desde sempre que os mistérios o fascinavam, talvez por isso os olhos dela o alucinassem tanto! Eram um segredo constantemente à espera de ser descoberto. Teve saudades daquele tempo. Não que não fosse feliz agora, mas também o tinha sido então. E tudo fica mais belo através do véu que é a memória. A recordação é sempre mais bonita que o momento em si!
Ela levantou-se, já se ia embora. Não ficou muito tempo... Sentiu vontade de se levantar e ir atrás dela. Dizer-lhe qualquer coisa, não importava o quê! Tinha saudades. Queria ouvir a sua voz. Mas o seu corpo não se moveu nem um milímetro...
Entrava sempre na sua vida de forma inesperada e saía sempre cedo demais. Restavam-lhe as recordações... e era assim que gostava mais dela – na sua memória. Então deixou-se ficar, mergulhado na lembrança dela.
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E, não se apercebeu, mas lá fora o sol brilhava.

quarta-feira, maio 25, 2005

Onze anos numa só noite...


Assim foi a festa por todo o país (e não só...).
Foram onze anos vividos numa só noite!
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Fonte fotográfica: Tv Guia

terça-feira, maio 24, 2005

O doze


Fonte fotogr�fica: Record
Fonte fotográfica: Record

segunda-feira, maio 23, 2005

O onze


"Quando há razão de força
A força dá-nos razão
Não há ninguém que não torça
Por um BENFICA CAMPEÃO!"
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Em cima: Quim; Petit; Miguel; Luisão; Ricardo Rocha; Simão Sabrosa. Em baixo: Manuel Fernandes; Geovanni; Dos Santos; Nuno Assis; Nuno Gomes (Laura)
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Fonte fotográfica: A Bola

domingo, maio 22, 2005

Sport Lisboa e Benfica


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CAMPEÕES
2004/2005
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Fonte fotográfica: sapo.pt

quinta-feira, maio 12, 2005

...metáforas...

Gostava de escrever como tu. Mas tenho medo das metáforas. Ainda me lembro de quando ele me disse: "Com as metáforas não se brinca. O amor pode nascer de uma única metáfora." Eu concordo com ele e não me posso dar a esse luxo, agora. Não posso brincar com as metáforas. Não posso correr o risco de me apaixonar...
Ainda assim, queria escrever como tu. Tu que jogas com as metáforas, que te apaixonas por cada uma delas, que amas tudo o que te rodeia. Amas com tanta intensidade e logo a seguir despes-te do mundo. Ficam os despojos caídos no chão. Abandonados ao deus dará... E tu, tão pleno na tua solidão, permaneces nu num instante que se perpetua, para logo a seguir buscares novos mundos para amar. E és feliz, porque as metáforas te amam mais do que tu alguma vez amaste. No fundo, são elas que brincam contigo. São elas que te dão vida e mundos para amar. São elas que te eternizam.
Ele tinha razão: "(...) as metáforas são uma coisa perigosa." E eu não sou audaz, como tu. Não sou poetisa. Por isso, fico com os meus paradoxos, são mais seguros... E sou feliz porque, na minha ingenuidade, acredito que um dia serei intrépida. Um dia, também eu, terei a ousadia de brincar com as metáforas.
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Citações de A insustentável leveza do ser de Milan Kundera

terça-feira, maio 03, 2005

Toranja

É engraçado este fenómeno dos Toranja que se apoderou de mim. Nem sei explicar porque gosto tanto da música deles, talvez sejam as letras, talvez seja a sonoridade... acho que nem vale a pena tentar encontrar um motivo. Gosto e pronto! Sem porquês, motivos nem razões... Simplesmente, gosto.
Mas, sinceramente, acredito que eles têm algo de especial porque em cada concerto deles me sinto como que transportada para um mundo mágico. Ao som dos primeiros acordes sou transportada para esse outro universo e, lá, estou só eu com o som e as palavras. Não há ninguém à minha volta, nem no palco. Só uma presença ao meu redor e palavras que ecoam dentro de mim. Palavras que canto com toda a força e que me fazem vibrar. Toda eu me transformo: sou só ouvidos, emoções e sentimentos à flor da pele. Faço daquelas palavras minhas e canto-as com a alma, como se aquelas estórias tivessem sido vividas por mim e não pela mão que as escreveu. Naquele instante, naquele pequeno mundo mágico estou só eu, o som e a voz que me rodeiam, que me enchem e me fazem sentir plena. Deve ser essa a tal terra dos sonhos de que tanto falam... E, por isso, acredito que eles são diferentes, especiais. Porque em nenhum outro concerto me sinto assim.
Ontem, fui a mais um concerto deles e, honestamente, não há muito mais a acrescentar... Talvez o tenha sentido com um pouco mais de intensidade porque foi um acústico. Senti-o cá dentro, no fundo de mim e que boa sensação que é! Se calhar é isto que define a boa música, se calhar não é preciso saber muito sobre a parte técnica para a compreender, mas deixá-la entrar de mansinho e senti-la a inundar-nos a apoderar-se de nós e a tocar-nos em lugares que nem sabíamos existirem! É preciso deixar-mo-nos levar e saborear a viagem...

Eu fico por cá, à espera de uma nova viagem a esse mundo mágico onde me sinto tão bem!

sexta-feira, abril 29, 2005

camélias


Porque se a perfeição existe (e eu acredito que sim!) é aqui que ela está: na aparente simplicidade da Natureza.
Esta é a verdadeira beleza.

segunda-feira, abril 25, 2005

o coração...

Falta-me um coração. Não sinto o meu coração. Está tão escuro... não vejo nada. Chove. Custa-me a respirar e começo a ficar com medo. Estou toda molhada. De tal modo que as gotas da chuva se confudem com as lágrimas que escorrem pelo meu rosto. Onde estás? Disseste-me para me aventurar na noite e agora estou perdida... Tenho receio de me mexer. Já estou tão perdida e se tu me perdes, também? Ouço um restolhar, ao fundo. Encolho-me. Tenho medo, mas não me atrevo a sair daqui. Estão a murmurar, ouço uma voz, agora (ou será dentro de mim?). Quero responder, mas não consigo. A voz não me sai. Sinto uma presença ao meu redor. Ouço a tua respiração a meu lado. Sim, és tu! Sei-o agora que sinto os teus lábios sobre a minha pele. Encontraste-me. Ah! Olha!... Sente, o meu coração. Está a bater de novo...

sábado, abril 23, 2005

abre-se uma janela...

Abro, hoje, uma janela para o meu mundo. Por aqui irão encontrar palavras soltas, emoções, devaneios, cartas perdidas, nostalgias e até alguns exorcismos!
Na verdade, este blog não foi uma ideia inteiramente minha, houve mais responsáveis! A saber: a minha mana que me ofereceu o meu primeiro caderno (e todos os que se seguiram!!) e, assim, me ensinou que às vezes o melhor a fazer é escrever. (Porque há tantas coisas que pensamos, mas no momento crucial não nos saem...) Aquela amiga que um dia me ofereceu um livro em branco e me disse :"Vamos escrevê-lo juntas!". Bem, o livro continua em branco (porque não tive coragem de o escrever sem ela) e eu tão cheia de palavras! E tu, que tiveste esta ideia. Tu, que sempre me inspiras e que insististe tanto, apesar de saberes que me custa partilhar estas coisas. Portanto, agora, todos podem vir cá espreitar o meu mundo e, se quiserem, deixar também umas palavras.

Respirei fundo e abri a janela.