quarta-feira, agosto 31, 2005

Foolish Games

*
"You took your coat off and stood in the rain
You were always crazy like that
And I watched from my window
Always felt I was outside looking in on you...
You were always the mysterious one
With dark eyes and careless hair
You were fashionably sensitive, but too cool to care
You stood in my doorway, with nothing to say
Besides some comment on the weather
Well in case you failed to notice
In case you failed to see
This is my heart bleeding before you
This is me down on my knees

These foolish games are tearing me apart
And your thoughtless words are breaking my heart
You're breaking my heart

You were always brilliant in the morning
When smoking your cigarettes and talking over coffee
Your philosophies on art, Baroque moved you
You loved Mozart and you'd speak of your loved ones
As I clumsily strummed my guitar
Well excuse me, guess I've mistaken you for somebody else
Somebody who gave a damn
Somebody more like myself

These foolish games are tearing me, you're tearing me, you're tearing me apart...
And your thoughtless words are breaking my heart
You're breaking my heart

You took your coat off and stood in the rain
You were always crazy like that"
Jewel
~~*~~
Sooner or later we all get tired of the foolish games... when will you?
Obrigada ao Luís Belo por me mostrar as maravilhas do Photoshop ;)

domingo, agosto 21, 2005

Para ti, avó

Hoje agarro-me à memória que tenho de ti. Agarro-me com força porque tenho tanto medo que ela se perca... Hoje, mais do que nunca, quero acreditar que o céu existe. Esse céu que não sei onde fica e em que acho que tu mesma nunca acreditaste. Hoje quero acreditar que é lá que estás - num mundo mágico feito de algodão doce. Nesse mundo tão nosso, onde comemos chocapic nas manhãs de inverno e procuramos conchinhas nas tardes de verão. Hoje não quero chorar, quero que a dor passe e se transforme em esperança. Por isso, quero acreditar que estás num lugar feliz (porque nunca soube se o foste - sei tão pouco de ti, da tua vida). Quero acreditar que me vês, que me sentes, quero que saibas tudo o que não fui capaz de te dizer antes. Sente o quanto gosto de ti. Olha para mim, se puderes, e vê que afinal ainda estás viva neste cantinho do meu coração que é só teu. É por isso que não quero perder as recordações que tenho de ti, de nós. Porque afinal ainda vives dentro de mim. E acredito no céu, porque se lá não estivesses o que seria feito destas lembranças? Que outra razão teriam elas para permanecer comigo senão o facto de as poder, ainda, partilhar contigo?
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~~*~~
Hoje partilho com vocês um texto que escrevi há já algum tempo, quando li o "Fazes-me falta" da Inês Pedrosa, um livro que me trouxe tantas recordações da minha avó Ana... porque não sei em que acredito... talvez só nestas palavras...

quinta-feira, agosto 11, 2005

Merda!

Hoje li o que ela escreveu sobre ti. Vi aquelas palavras como que abandonadas em cima da mesa e não resisti. Desculpa. Sou fraca, tu sabes que sou fraca. Li-as todas, uma a uma, com sofreguidão. A curiosidade apoderou-se de mim e não consegui parar... deixei-as dançar para mim. Sentei-me e fiquei a vê-las qual voyeur. Elas pareciam orgulhosas e exibiam-se à minha frente, esfregavam-me na cara o amor dela... O nós que foste com ela. E eu não sabia, nunca imaginei que ela te amasse tanto! Pensei em ti, se alguma vez leste aquelas palavras como eu... Se elas também dançaram para ti, se as ficaste a ver como eu, ou se dançaste com elas... Pensei em vocês, juntos. Como seria? Não, não quero pensar nisso... Mas é inevitável... Porque não estás com ela, se ela tem tanto para te dar? Ela é tua, ela ainda é tua, tu sabes disso! Como podes não querer estar com ela? Ela tem tudo... Mais que isso, ela tem mistério. Não é o que toda a gente quer, mistério? E eu, eu sou transparente... (Meu Deus, como tenho horror à transparência!) Lembras-te da noite em que nos conhecemos? Bastaram-te cinco minutos e poucas palavras para que me conhecesses... Nessa mesma noite resumiste toda a minha essência numa única palavra. Pior que isso, na palavra perfeita! Arrasaste-me... Ainda hoje penso nessa palavra, constantemente. Eu não tenho mais nada para te dar - em cinco minutos desvendaste todos os meus mistérios, dei-te toda a minha vida. Penso nela e em tudo o que ela tem para te oferecer... Não, não falo do corpo nem de beijos, eu sei que os beijos não te interessam. Os beijos esgotam-se. Falo dos olhos, da alma... O que sentes quando olhas para ela? Ainda sonhas com ela, ainda a desejas? Alguma vez o fizeste? Eu sei. Não devia ter lido aquelas palavras... Sou fraca, tu sabes que sou fraca. E agora não consigo deixar de pensar no nós que foste com ela, no nós que quero que sejas comigo. Mas eu já não tenho nada para te dar e estou desesperada e irremediavelmente perdida nos teus olhos que se misturaram com os meus...